quarta-feira, 3 de junho de 2015

E quando duas pessoas afirmam que têm certeza, apresentando opiniões diferentes?

Os pontos de vista são inúmeros, as ideias, os conceitos, os estágios da mente. Comentei um dia sobre isso e volto a falar sobre o tema. Quando duas pessoas afirmam que “têm certeza” disso ou daquilo somente uma delas estará com a razão, com a verdade. Lembro bem que aprendi isso com meu pai, Alberto Ribeiro, (in memoriam) uma lição válida para toda uma vida. Ao final deste texto não deixem de ler o caso do “Voou mas é bode”, que bem ilustra uma situação. 

Muitas opiniões dependem do ponto de visão do observador. Por exemplo, se uma pessoa está de um lado de um morro, não pode ver o outro lado, logicamente. E vice-versa. Mas se o observador estiver no ponto mais alto desse lugar verá os dois lados e estará assim mais perto de um julgamento correto do que disser, digamos assim. De vez em quando vemos acontecer embates nos quais facilmente observamos quem tem razão ou, pelo menos, maior probabilidade de acerto.

As dificuldades na escrita, nas pontuações de um texto, também podem interferir de forma séria no entendimento correto. É a velha estória de um general, que quando indagado sobre que posição seu exército deveria agir, no sentido de recuar ou avançar, passou uma mensagem por telegrama para seus combatentes, cujo texto dizia: NÃO VAMOS ATACAR. O entendimento para uns ficou sendo de que deveriam recuar, mas pelo fato de ter faltado um ponto (.) ocasionou uma falha na interpretação do texto e um erro gravíssimo na batalha. A mensagem, na realidade, queria dizer: “NÃO. VAMOS ATACAR”. Ou seja, o General não queria que seus soldados recuassem.

Nas redes sociais hoje em dia vemos erros de todos os tipos. Alguns decorrentes de falta de atenção ou de estudo apropriado do idioma. São erros de ortografia, concordância, pontuação etc. Aprendi em minha profissão de analista, na qual tinha que escrever muito e necessariamente melhorar sempre, que devemos informar aos colegas que temos alguma amizade ou liberdade sobre algum lapso, também. Erros por falhas de digitação, do teclado, e nas chamadas palavras “transparentes” ocorrem demais. Nossa visão, acostumada com a grafia certa, fica acostumada a ler em bloco, ou seja, o nosso cérebro não lê de letra em letra para conferir uma palavra. E daí escapam esses erros. Ninguém é perfeito, devemos ter consciência disso.

NINGUÉM É PERFEITO, TODOS DEVEM SABER!

Uma maneira educada e gentil que pode ser usada para aqueles que nós temos abertura para isso seria comunicar por mensagem informando o lapso para que a própria pessoa edite seu texto e corrija a letra errada ou o que for preciso. Certamente se o seu amigo tem bom-senso vai ficar agradecida. O que nunca se deve fazer, em meu entendimento, é corrigir a pessoa com outra postagem, para informar o erro! Dessa forma, que considero deselegante, além de deixar constrangida a pessoa que cometeu o erro, alerta o fato para muitas outras que sequer tinham observado, piorando a situação.

Já ocorreu comigo de ser avisado sobre um erro, uma repetição ou falta de palavra etc. em algumas de minhas postagens. Falhas acontecem. Quando informado, imediatamente procurei localizar a publicação para editá-la de forma correta. Da mesma forma quando observo algum erro e vejo que a pessoa que escreveu acolherá nossa observação de bom grado o faço, imediatamente. São pequenas atitudes que propiciam uma convivência mais harmoniosa e permitem que as redes sociais sejam bem usadas e haja um aprimoramento pessoal de cada um. Não podemos também exigir que todos mantenham o mesmo comportamento e tenham as mesmas ideias. Como disse anteriormente, ninguém é perfeito!

“VOOU, MAS É BODE!”

Para concluir relato uma estória que meu pai contava a respeito de dois pescadores muito teimosos. Estavam em uma pequena canoa, descendo um rio, quando avistaram uns objetos bem mais à frente. Quando um deles disse:

- Compadre, está vendo acolá aqueles urubus? E o outro respondeu, de imediato:
- Não são urubus, compadre, são bodes em uma pequena ilha. E o diálogo se repetiu, com a teima, até quando chegaram bem perto do que estavam vendo e um deles atirou um pequeno objeto no meio daquilo que estavam vendo. Imediatamente os urubus voaram!
O teimoso, radical, logo respondeu de cara feia, não querendo sair perdendo a discussão:
- “Voou, mas é bode!”. Serve de lição de que às vezes não adianta discutir com um cabra desses!