sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Conheça sua realidade e seus limites

Quando você deve olhar para baixo?
Desde minha juventude ouvi expressões do tipo: “você deve sempre olhar para frente, para cima e nunca para baixo”. Por algum tempo assimilei essa orientação e pensava assim também, seguindo a orientação de pessoas que eu considerava mais experientes. Mas ao longo de minha existência e das próprias experiências de vida comecei a observar que todos nós possuímos sonhos a alcançar e metas a serem atingidas e que alguns objetivos não serão alcançados, certamente. A consciência disso tudo é saber e admitir esta verdade desde cedo. E que devemos olhar para cima, mas também para baixo, principalmente para estabelecer um ponto de equilíbrio, fazer comparações e assimilar referências.

A felicidade pode ser encontrada em diversos níveis. No convívio e no relacionamento com as pessoas, no trabalho, em família, como também por conquistas materiais obtidas. Mas não é só isso: com a maturação de nossa personalidade devemos ter convicção de que os momentos felizes não serão uma constância em nossas vidas. Então volta a pergunta inicial: Quando você deve olhar para baixo?

E a resposta é simples. A observação dos povos, de tudo aquilo que ocorre com as pessoas no mundo inteiro, em diversos países ou mesmo perto de onde estamos, na mesma cidade, talvez muito próximo de nós. Examine vários aspectos nos locais onde você vive, por exemplo: podem existir pessoas extremamente abastadas, mas ao mesmo tempo outras ditas remediadas e uma classe muito carente. E as comparações, se você fizer uma reflexão, serão inevitáveis.

Conhecer seus limites, isso poderá ser a chave da felicidade!

Se uma pessoa viaja muito para o exterior, não significa que ela seja feliz e você não. Ao mesmo tempo, se você não consegue os mesmos objetivos materiais, mas tem saúde, isso pode ser o motor de sua boa vida. Vamos exemplificar com os esportes. Um corredor campeão, em qualquer modalidade, tem que possuir as características para o sucesso obtido. Muitos treinos, altura adequada para o tipo de corrida, comprimento das pernas, desenvolvimento de sua musculatura entre várias outras condicionantes. Caso você queira também competir e se igualar àquele vencedor pode ser barrado simplesmente por não possuir uma ou mais características físicas exigidas para aquele esporte. Então o que fazer? Conhecer seus limites! Não pode ser um corredor? Então procure ser o melhor em outra atividade e seja feliz. Li alguns textos que falam muito da importância de sabermos diferenciar o que é importante do que é famoso. Você pode ser muito importante na vida... E não ser nenhum pouco famoso. E daí? O que vale é a sua felicidade e os benefícios que ela incorpora ao seu espírito e personalidade. Observe a felicidade existente em algumas populações muito sofridas, que se contentam apenas em ter água, por exemplo. E ficam extremamente quando conseguem aquele benefício. Por outro lado aqueles que possuem tudo, mas visivelmente demonstram sua infelicidade, talvez mesmo pela ganância de sempre desejar mais!

Quando olhar para baixo?

Se em determinado momento ou circunstância você se sentir deprimido, insatisfeito, triste ou infeliz com alguma situação, é o momento exato para isso. Olhe para baixo! Examine calmamente as pessoas que se encontram em situação incomparavelmente pior do que a sua! Não para se alegrar com isso, mas para que saiba onde exatamente você está e valorize sua vida, suas condições. Faltou alguma coisa em casa e você reclamou? Pare e pense que existem milhares de pessoas que nem mesmo lares possuem! E tenha a imediata consciência de que você é um felizardo.

Então não devemos nunca olhar para cima?

Não, não é exatamente isso que disse. Nós devemos sempre buscar nossas melhoras! Um operário em grau de aprendiz de uma indústria deve procurar fazer sempre o melhor para aprender, evoluir, conquistar novos espaços e chegar aos mais altos níveis possíveis dentro de sua área. Mas ao mesmo tempo se este operário tem algum percalço no caminho não deverá desanimar nunca. E para que aumente seu grau de felicidade, por exemplo, ter a consciência de que está sendo aprendiz e tem a chance de evoluir, enquanto milhões de pessoas nem mesmo emprego possuem e assim ficam impossibilitadas de ter o mesmo acesso funcional.

O valor da felicidade

Eu, por exemplo, conheço algumas de minhas limitações. Quanto aos conhecimentos, tenho a plena consciência de que poderia ter aprendido mais. De ter realizado muito mais. A vida me proporcionou este sentimento e a idade da razão talvez contribua com o discernimento encontrado. Mas, apesar da mente ser dinâmica e seu processamento de dados incrivelmente bem feito, seu exercício constante com o enriquecimento de novos valores é necessário e muito benéfico. Enfim, conhecendo em profundidade o nosso potencial e limites, teremos mais chances de viver mais felizes por mais tempo.    

Estou muito feliz por ter escrito estas palavras, no sentido de que este texto faça alguém raciocinar mais um pouco e assimilar algo de bom. E a felicidade se torna maior quando sabemos que há meios para compartilhar nossas ideias com as novas tecnologias! Aprenda a conhecer e administrar seus limites e seja feliz com eles!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O que existe do outro lado da vida?

Uma interrogação que nos acompanhará sempre. Muito embora haja várias explicações, provenientes de doutrinas diversas. É sabido que Jesus disse “na casa de meu pai há muitas moradas” (João, 14), o que me leva a racionar da seguinte forma. Dependendo do grau de evolução de cada um de nós, a morada será em determinado nível, esfera. Em meu modesto entendimento acho que dificilmente, depois de nossa grande viagem, encontraríamos todos os nossos conhecidos desta efêmera e célere passagem terrena. Muitas pessoas escrevem sobre as vidas passadas, quem poderíamos ter sido em vidas anteriores, como reconhecer almas gêmeas e assuntos correlatos. Minha reflexão é, entretanto, sobre o que encontraremos em nossa próxima existência.

Estou agora sem nenhum ascendente em minha família, no que diz respeito a meus pais, que não mais estão conosco e todos os meus tios e tias. E em minhas reflexões isso tudo gerou certa e natural ansiedade, pelo fato de não sabermos o que nos aguardará em nossa próxima vida. Tenho certeza íntima de que há mesmo vários mundos. Costumo idealizar, para fins de conversas sobre o assunto, uma figura de um globo terrestre, com múltiplas camadas superiores. As definições de quais pessoas iriam para essas camadas seriam baseadas pelos avanços que tenhamos conseguido em nossa vida terrena. Tal fato explicaria, por exemplo, por que motivo espíritos mais evoluídos não têm mais nenhum contato ou vínculo conosco. Esses espíritos estariam em uma esfera mais elevada, sem a necessidade nenhuma dessas ligações e se aproximando cada vez mais da energia suprema, do que poderíamos chamar de Deus. Seriam então os espíritos de luz. Por outro lado existiriam outros níveis, “moradas”, cuja possibilidade de eventuais contatos mediúnicos, por exemplo, seriam possíveis.   

Em uma concepção própria, associei os conhecimentos existentes em nosso cérebro, nossas conexões, aquilo que armazenamos ao longo de nossa existência terrena. Dessa forma o nosso espírito estaria intimamente ligado à nossa mente, como um dispositivo fantástico de armazenamento de dados. Mas a pergunta é essa: e quando morremos o que acontece? Penso que a maior parte dos dados ficaria perdida, particularmente aqueles ligados a assuntos considerados banais para a essência do espírito. Mas o que restaria então? Penso que há uma cópia de segurança apenas dos fatos significativos de nossa existência, ou seja, aquilo que realmente poderíamos reutilizar. Um “backup”, como nós podemos fazer em nossos computadores, mas no caso humano uma imagem dos principais dados ficaria gravada em nosso espírito.

Uma planilha espiritual. Tal qual organizamos nossas vidas durante nossa passagem pela Terra, deve haver um controle espiritual individualizado para uma espécie de pontuação por nossas ações. Os resultados seriam logicamente as indicações para as moradas que ficaríamos após nossa Grande Viagem.   

Mistério, essa é a palavra fundamental. O meu pai, que lia bastante sobre o assunto e conversava com as outras pessoas sempre que podia, achava que “no dia em que o homem descobrisse a origem da vida e o fim da vida” o mundo ficaria insustentável. Para ele o homem nunca chegará a respostas definitivas, apesar das inúmeras teses, pensamentos e doutrinas sobre o tema. E eu concordo com os pensamentos dele.

Há anos que se fala sobre a possibilidade de os deuses que possivelmente visitaram a terra terem sido astronautas, vindos de outros mundos. Podemos acreditar nessas teses e nessas evidências, sem que nossas convicções religiosas sejam abaladas? Em meu entendimento sim! A concepção de Deus está muito longe do alcance do ser humano. Portanto, a criação da vida terrestre através do povoamento de diversos locais com diferentes raças é perfeitamente possível. Tudo controlado por Deus.