Onde encontrar Deus?
Uma eterna procura da humanidade para o
Significado e sobre Onde poderíamos
encontrar Deus desde as eras mais remotas da
existência do homem na Terra, sob múltiplas perspectivas. O significado de Deus
(ou dos deuses) para os egípcios, por exemplo, poderão ser totalmente refutados
por nós em tempos atuais. Entendo que a representação de múltiplos deuses para
eles se resumia ao próprio e natural desconhecimento sobre o assunto. E prefiro
enxergar o óbvio: que esse conjunto de deuses representaria para todos eles um
único Deus.
Com referência à chegada de Jesus Cristo
ao nosso convívio existem incontáveis textos escritos por religiosos, teólogos,
sacerdotes e outros estudiosos do tema, buscando uma explicação difícil, em
primeira análise, mas ao mesmo tempo fácil ao observarmos outros fatores e pontos
de visão. Sabe-se que as traduções dos textos sagrados foram muitas, as
diferenças entre as linguagens e as diferentes interpretações ao longo dos séculos,
podem nos confundir analiticamente sobre alguns conteúdos.
Sobre minhas crenças, fui criado em uma
família católica e quando novo procurava seguir os ritos e os procedimentos a
mim transmitidos de forma muito fiel. Ao passar dos tempos as necessidades de
maiores conhecimentos foram aparecendo e ao lado delas, uma busca incessante
sobre os entendimentos sobre Deus. Após algum tempo deixei algumas práticas do
catolicismo e passei a procurar respostas para uma série de questionamentos
sobre a nossa vida, de onde viemos, para onde iremos e como seria este nosso
Deus. É importante frisar que nunca cessei minha fé em Deus e nem minhas
orações diárias.
Saindo da juventude li integralmente um
livro intitulado Deus, de mais ou menos 500 páginas, com perguntas, respostas, associações
diversas sobre como seria Deus. Foi como uma navegação exploratória por um
terreno muito especial e desconhecido. E como resultado eu cheguei a uma
conclusão própria ainda mais simples, ao final daquela extensa leitura: o homem
não pode explicar o que é Deus. Não tem condições de penetrar nos mistérios
divinos. Por outro lado, ao longo da vida procurei conhecer também a literatura
básica sobre o Espiritismo, do qual gostei de muitos conceitos, que assimilei
em parte até hoje.
Em princípio, ainda na juventude, adotei
uma linha de oração na qual eu mesmo procurava estabelecer uma figura para Deus,
de acordo com os assuntos temas de minhas orações. Se o tema fosse bem sério,
por exemplo, visualizava Deus como um senhor bem vivido, como um avô celestial,
talvez, no sentido de que Ele me aconselhasse. Por outro lado se os temas de
minhas orações eram mais modernos ou joviais eu percebia a figura de Deus como
um amigo incondicional e toda a conversa dirigida a Ele era em linguagem e tom
igual ao da minha idade naquele instante. Este processo funcionou até quando
percebi e assimilei que Deus não possui aparência, não é físico e como um Ser
espiritual está presente em todos os locais onde estivermos. Assim, Deus não
tem idade, raça, sexo, cor, tamanho, idade e nenhum dos atributos que podem ser
utilizados para se usar em nós mesmos, os seres humanos.
Há que se diferenciar de forma bastante
clara que Deus independe das religiões, indistintamente, que foram criadas e
organizadas pelos homens, com todos os acertos, mas também com todas as suas
imperfeições. Mesmo admitindo a inspiração divina para os diferentes escritos
sagrados devemos ao mesmo tempo, em meu entendimento, analisar e admitir as
inúmeras possibilidades de contradições, motivadas pelo tempo, a falta de
documentação, traduções, os interesses de cada período etc.
Jesus Cristo
Uma figura nitidamente emblemática para
quase todos nós é a de Jesus Cristo, uma pessoa que teve uma vida admirável,
justificada pelo fato de que até hoje, cerca de mais de dois mil anos após sua
passagem terrena ainda O tenhamos como uma referência exemplar. Cercado pela
arrogância, ignorância, inveja de muitos sacerdotes e governantes que existiam
em Sua época, Jesus enfrentou adversidades enormes e após uma vida dedicada ao
próximo e ao preparo de seus seguidores, foi crucificado cruelmente pelos
homens. Tenho Jesus Cristo como um emissário divino que veio até nós para
tentar nos salvar e que deixou sua clara mensagem de como conseguir paz e
serenidade em nossa vida terrena e futuramente na vida eterna. Sinto externar
meu pensamento de que se Jesus Cristo se apresentasse novamente nos momentos
atuais, as dificuldades poderiam ser ainda maiores, as acusações seriam as
mesmas e a humanidade não o aceitaria novamente. Somos uma raça ainda pouco
desenvolvida espiritualmente para empregar os ensinamentos e leis divinos, que
em sua totalidade apontam para o respeito do próximo, de nossos semelhantes.
Mas, voltando a Deus, representado aqui
pela palavra de Jesus Cristo, cada vez mais fico convicto que Ele está em
nossos corações, em nossa mente. Como Ele próprio nos deu o livre arbítrio,
podemos ou não aceitá-Lo. Dentro das deficiências humanas o trato com nossos
semelhantes está muito a desejar melhorias e aperfeiçoamentos de toda ordem. O
orgulho, a inveja, a intolerância, a discriminação, o julgamento, a ira, são
alguns dos nossos piores defeitos.
Caso você esteja em frente a uma casa,
fechada e não tocar a campainha, não bater palmas e nem chamar o nome de quem
deseja falar, dificilmente será ouvido! Portanto, Deus se faz presente em
nossas vidas a partir do momento em que O invocamos e a Ele pedimos auxílio.
Certamente Deus nos ouvirá nestes momentos. Uma questão sobre a ter um pedido
atendido ou não em determinado assunto, foge ao nosso entendimento e se mistura
ao livre arbítrio e a outros fatores que também não estão sob nossa
compreensão.
Deus, assim, é completo, é tudo! Deus
nos perdoa, nos orienta, acalma nos momentos mais difíceis e nos dá forças para
uma vida plena. E Jesus Cristo é um ser de Luz, que nos trouxe vários ensinamentos
e procedimentos de vida que podem nos ajudar a alcançar a paz e a serenidade em
nossa vida na terra e também em nossa futura vida. Basta perseverarmos,
errando, corrigindo nossos erros, perdoando o nosso próximo e praticando o bem.
E o principal: devemos estar sempre preparados para a nossa Grande Viagem, pois
o último mistério para a raça humana é o fim de nossa vida terrena e a Passagem
para a eternidade.
Uma das frases atribuídas no Evangelho
de João a Jesus Cristo é: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, que dentre as
inúmeras interpretações que foram escritas, me permito participar, com o
entendimento de que as “muitas moradas” a que se refere Jesus Cristo significam
os diversos e diferentes níveis que poderemos estar em nossa futura vida
espiritual, tudo de acordo com o que foi preparado por nós mesmos em nossa
rápida passagem pela terra.