segunda-feira, 13 de abril de 2015

E quando a inspiração não vem?

Muitas vezes tentei escrever alguma coisa, mas não consegui de imediato. Como neste instante as conexões começaram a aquecer em meu cérebro. Ótimo. Em toda minha vida foi assim, quando a inspiração falha no início entra a transpiração em segundo lugar e funciona!

Não sei o que me ocorre quanto a maior facilidade que tenho para musicar alguma letra ou mesmo construir uma melodia. Os circuitos ficam ativados mais rapidamente. Acho que é porque as músicas, as melodias não contêm um significado claro, visto que podem ser interpretadas de diferentes formas. E ao contrário, os textos vão logo produzindo ou traçando caminhos perceptíveis, deixando você mesmo notar ou pressentir se vai indo bem ou não.

Estive observando o que ocorre hoje em dia com as publicações, particularmente na internet. Existem postagens absurdas que conseguem muito sucesso rapidamente e obtêm milhões de acessos. Mas seguramente não são duradouras porque sua essência é extremamente supérflua em alguns desses casos, para não generalizar.

Gostaria que as pessoas apreciassem mais a leitura, de onde conhecimentos fluem a valer. Mas é comum ouvir dizer até mesmo pelos profissionais de “blogs” que se a sua postagem não contiver alguma gravura marcante, uma bonita foto, as pessoas passarão por cima dela literalmente. No máximo um “curtir” e olhe lá. Em minha opinião é a pressa que domina todo mundo, a ansiedade, mesmo sabendo que, em última análise, ninguém ganhará nada com isso, pelo contrário, poderá sim perder muita coisa importante.

Nestes dias estou decidido a compor uma música para minha neta, que ainda é bem pequena. Já fiz isso anteriormente com minha filha. Uma pequena barreira se formou, sei lá, pelo lapso de tempo, e se apresentou até o presente momento. Talvez um receio de copiar a mim mesmo, o que seria até normal tendo em vista os acúmulos de acordes e sequências habituais que utilizamos na música, na harmonia, podem comportar melodias parecidas!

Uma dica para quem gosta de escrever e às vezes empaca! Não desista. Escreva logo algumas frases. Não apague nada. Vá deixando a inspiração fluir nem que seja preciso a transpiração ajudar no processo. Você irá notar logo que alguns caminhos e opções serão delineados. Anote tudo. As ideias que no início talvez não sejam consideradas boas, com a dinâmica poderão se transformar naquelas mais importantes. Ou não. Novas ideias irão surgir no desenvolvimento de seu trabalho. Não pare. E também não se irrite se por um curto espaço de tempo ficar bloqueado. É normal, como se fosse um engarrafamento de pensamentos ou coisa parecida...  

Leia o que escreveu várias vezes. E a cada leitura você fará uma modificação para melhor. São as reflexões, comparações, exames do vocabulário empregado para cada caso... Tudo isso de forma espontânea, ainda que o contexto faça parte de um método! E se por algum motivo você não estiver gostando do que escreveu ou daquela canção que compôs, deixe o material arquivado em um local de fácil acesso, como em uma pasta intitulada “em processamento”, que costumo usar. Mais tarde, quando a vontade decidir você vai procurar aquele caminho que não encontrou antes e concluir seu texto.

Ficaria muito feliz ao saber que alguém entendeu o que eu quis transmitir nesta pequena mensagem. Olhem, esqueci de falar que já me aconselharam a escrever pouco, porque as pessoas não leem, estão muito preguiçosas hoje em dia. Mas não consigo me policiar o suficiente. Agora mesmo poderia ir em frente, com mais ideias, juízos e conceitos, mas vou parar. Talvez um café com leite vá bem. E depois, quem sabe, procurar uma imagem bem bonita para fazer alguém chegar até aqui, como você!

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