Hoje lembrei de falar
sobre a arte da improvisação
na Música... Com técnicas, estudo de teoria musical em seus vastos aspectos,
muitos exercícios e dedicação uma boa parte dos músicos consegue fazer
verdadeiros improvisos sobre os temas, não apenas repetindo escalas e utilizando
“riffs” conhecidos e esperados pelo ouvinte.
Muitos já comentaram
sobre a arte de interpretar textos, de concluir sobre temas, ou seja, de tarefas
que requerem uma verdadeira arte, estudo, dedicação, dom e, às vezes, inspiração
e transpiração também!
Para quem começa a
prática de guitarra, por exemplo, uma boa pedida é executar solos de melodias
que gosta e ir aumentando o grau de dificuldade
pouco a pouco. Mas tudo isso deve, em minha opinião, ser acompanhado de um
mínimo que seja de noções musicais e de exercícios complementares, para agilizar
o manuseio do instrumento, aumentar sua habilidade ao percorrer seus diferentes
trastes e alcances, trabalhar com as cordas de forma a produzir efeitos
diversos, com o uso de escalas.
Pois bem, com um
encadeamento harmônico apropriado escolhido, o guitarrista passaria a executar a
melodia primeiramente, copiando tal e qual a música original. E depois, nos
momentos em que haja algum improviso tentar mudar a linha melódica a seu gosto.
E haja treino, quanto mais fizer isso melhor ficarão seus improvisos.
Vale observar que nem
todos possuem a mesma habilidade, a inspiração, o dom musical para improvisar, o
talento, enfim. Mas todos devem tentar, ouvir bastante as linhas melódicas e
macetes usados nos improvisos. Nada cai do céu, tenha certeza disso!
Em meu caso o início
não foi tão fácil. Nem pensava em improvisar nada. Com o passar do tempo a
vontade de modificar alguma coisa na melodia, nos solos, ou simplesmente de
criar pequenos improvisos sempre que havia oportunidade foi o que
aconteceu. Depois
passei a ouvir muito dois guitarristas que considero gênios musicais. O Jimi
Hendrix e o Carlos Santana. Passei anos procurando assimilar alguma
particularidade deles que pudesse ser incorporada a um estilo pessoal. Mas isso
surgiu gradativamente. Com mais técnica, alguns anos na frente ouvi também o
Eric Clapton. Os três constituíram para mim um “espelho”, uma coisa boa a ser
seguida.
Um fato curioso – há
muito tempo, durante um baile de término de curso, eu fiz um longo improviso
sobre um tema de uma música, um rock bem pesado, como se diz. No outro dia
encontrei com um conhecido que elogiou aqueles minutos de som e, pasmem, pediu
para eu “repetir” o improviso! Ao que prontamente respondi que eu não lembrava
nem como tinha começado o tal improviso. E para que fique bem claro, não bebia
nada. Mas eu ficava “viajando” completamente através dos sons como se estivesse
em um mundo diferente. E na realidade estava mesmo!
E assim volto a dizer
que improvisar é uma arte, um dom. E por isso mesmo tem que ser trabalhada,
apurada, aperfeiçoada, sempre! Se você já consegue ir se soltando nas melodias é
um passo importante. Varie, faça do jeito que acha mais legal. Enfeite os sons
com seu estilo e tudo ficará cada vez melhor. E não esqueça de no início,
escutar muito os bons músicos, assimilar suas técnicas e tudo dará certo!
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