sexta-feira, 3 de julho de 2015

Música e a arte de improvisar

Hoje lembrei de falar sobre a arte da improvisação na Música... Com técnicas, estudo de teoria musical em seus vastos aspectos, muitos exercícios e dedicação uma boa parte dos músicos consegue fazer verdadeiros improvisos sobre os temas, não apenas repetindo escalas e utilizando “riffs” conhecidos e esperados pelo ouvinte.

Muitos já comentaram sobre a arte de interpretar textos, de concluir sobre temas, ou seja, de tarefas que requerem uma verdadeira arte, estudo, dedicação, dom e, às vezes, inspiração e transpiração também!

Para quem começa a prática de guitarra, por exemplo, uma boa pedida é executar solos de melodias que gosta e ir aumentando o grau de dificuldade pouco a pouco. Mas tudo isso deve, em minha opinião, ser acompanhado de um mínimo que seja de noções musicais e de exercícios complementares, para agilizar o manuseio do instrumento, aumentar sua habilidade ao percorrer seus diferentes trastes e alcances, trabalhar com as cordas de forma a produzir efeitos diversos, com o uso de escalas.

Pois bem, com um encadeamento harmônico apropriado escolhido, o guitarrista passaria a executar a melodia primeiramente, copiando tal e qual a música original. E depois, nos momentos em que haja algum improviso tentar mudar a linha melódica a seu gosto. E haja treino, quanto mais fizer isso melhor ficarão seus improvisos.

Vale observar que nem todos possuem a mesma habilidade, a inspiração, o dom musical para improvisar, o talento, enfim. Mas todos devem tentar, ouvir bastante as linhas melódicas e macetes usados nos improvisos. Nada cai do céu, tenha certeza disso!

Em meu caso o início não foi tão fácil. Nem pensava em improvisar nada. Com o passar do tempo a vontade de modificar alguma coisa na melodia, nos solos, ou simplesmente de criar pequenos improvisos sempre que havia oportunidade foi o que aconteceu. Depois passei a ouvir muito dois guitarristas que considero gênios musicais. O Jimi Hendrix e o Carlos Santana. Passei anos procurando assimilar alguma particularidade deles que pudesse ser incorporada a um estilo pessoal. Mas isso surgiu gradativamente. Com mais técnica, alguns anos na frente ouvi também o Eric Clapton. Os três constituíram para mim um “espelho”, uma coisa boa a ser seguida.

Um fato curioso – há muito tempo, durante um baile de término de curso, eu fiz um longo improviso sobre um tema de uma música, um rock bem pesado, como se diz. No outro dia encontrei com um conhecido que elogiou aqueles minutos de som e, pasmem, pediu para eu “repetir” o improviso! Ao que prontamente respondi que eu não lembrava nem como tinha começado o tal improviso. E para que fique bem claro, não bebia nada. Mas eu ficava “viajando” completamente através dos sons como se estivesse em um mundo diferente. E na realidade estava mesmo!

E assim volto a dizer que improvisar é uma arte, um dom. E por isso mesmo tem que ser trabalhada, apurada, aperfeiçoada, sempre! Se você já consegue ir se soltando nas melodias é um passo importante. Varie, faça do jeito que acha mais legal. Enfeite os sons com seu estilo e tudo ficará cada vez melhor. E não esqueça de no início, escutar muito os bons músicos, assimilar suas técnicas e tudo dará certo!

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