 Temos que ser 
realistas. O natal passou, Papai Noel foi embora, o ano de 2016 acabou e o 
Réveillon também. Estamos em 2017. Mas a situação do Brasil continua muito 
complicada, o que todo mundo já sabe. Seria excelente se pudéssemos escrever 
apenas coisas boas, que acontecem em países desenvolvidos, mas a verdade é 
imperiosa. Reserve um tempo para tomar conhecimento deste contexto, que é de 
impressionar. Vejamos apenas algumas condicionantes...
Temos que ser 
realistas. O natal passou, Papai Noel foi embora, o ano de 2016 acabou e o 
Réveillon também. Estamos em 2017. Mas a situação do Brasil continua muito 
complicada, o que todo mundo já sabe. Seria excelente se pudéssemos escrever 
apenas coisas boas, que acontecem em países desenvolvidos, mas a verdade é 
imperiosa. Reserve um tempo para tomar conhecimento deste contexto, que é de 
impressionar. Vejamos apenas algumas condicionantes... 
O mercado de trabalho 
e suas nuances
Poucas pessoas sabem 
na realidade o que é um Posto de Trabalho. É representado por uma vaga que pode 
ser ocupada por alguém. Assim, um frentista de posto de gasolina, um vendedor de 
loja, todos ocupam os chamados postos de trabalho. Muito bem, pois o Brasil 
perdeu, em 2016, cerca de 800 mil postos de trabalho. Vagas que eram ocupadas e 
que deixaram de existir. O Comércio encolheu, demitiu muita gente e fechou 
postos de trabalho. Da mesma forma a Indústria, que demitiu muito e diminuiu 
suas atividades.  
Aliado a esta 
diminuição dos Postos de Trabalho há o seguinte: todos os dias centenas ou 
milhares de pessoas completam 18 anos! E logo vão ao Ministério do Trabalho para 
“tirar” suas carteiras profissionais e procurar um primeiro emprego. Dessas 
pessoas, poucas conseguem. O restante vai se somar aos 12 milhões de 
desempregados em todo o país. Ou seja: o contingente de mão-de-obra desempregada 
aumenta cada vez mais. No dia seguinte a história se repete – mais pessoas 
completam 18 anos e vão procurar emprego. Resultado: todos os dias o contingente 
de desempregados aumenta. E com isso os problemas sociais decorrentes da 
situação. Estes dados são controlados pelo Ministério do Trabalho em um 
cadastro, o CGED – Cadastro Geral de Empregados e Demitidos. Para que a situação 
volte ao normal seria preciso a criação de milhares de novos postos de trabalho 
em todo o país, além de cursos de qualificação profissional para a recolocação 
desses 12 milhões de desempregados de volta... 
As áreas da Saúde, da 
Segurança Pública e da Educação também encontram grandes dificuldades. A 
Segurança Pública perde uma batalha para o crime organizado. Não há polícia 
suficiente para garantir a segurança populacional, nossas vidas. E o crime 
avança, o tráfico de drogas também, lamentavelmente. 
A seca no Ceará e em 
boa parte do Nordeste
Como se não bastasse 
a situação complicada estamos há cinco anos em meio a uma seca no Ceará, que 
está dizimando o nosso povo, acabando com nossas reservas de água e dificultando 
a vida das pessoas que moram no interior, especialmente. E ainda com as 
perspectivas sombrias para um novo ano de estiagem. 
Como os políticos se 
comportam?
A classe política 
está totalmente desacreditada por muitos. As exceções são raras. Nossos 
representantes se preocupam efetivamente em manter suas benesses. Trabalham 
pouco e ganham muito. E tem os quadros não compatíveis com o país. É muita gente 
que poderia ser dispensada. Pelo menos uns 70 por cento de vereadores, 
deputados, senadores (juntamente com aqueles que os cercam) poderiam ser 
dispensados. Não sentiríamos falta alguma. Elo contrário. Alívio é o que dariam 
para a Nação. E como os maus políticos não se importam nem um pouco com a 
excessiva carga tributária que pagamos? 
Nossas leis, como 
estão? 
Mal. Quase na UTI. 
Algumas ultrapassadas, outras ineficientes e mais ainda que não são cumpridas. O 
sentimento de impunidade que o quadro leva para a população é enorme, o 
desânimo, pois não sabemos a quem apelar. O Judiciário é extremamente lento e 
não dá conta de tudo que acontece. As leis não são iguais para todos. Além dos 
foros privilegiados há que se destacar casos onde os acusados detém poder e 
conseguem a contratação de bons advogados para os livrar de tudo. Os que nada 
possuem vão para a vala comum. 
O medo quase que 
generalizado
Hoje em dia o cidadão 
teme ao abastecer seu carro em um posto de gasolina, ao comprar um remédio em 
uma farmácia, ao chegar ou sair de sua própria casa, ao retirar dinheiro em uma 
agência bancária, ao praticar caminhadas para se exercitar. Os índices de 
diminuição da criminalidade apresentados são ridículos. As agências bancárias 
que são explodidas sistematicamente em todo o país dificultam a circulação do 
dinheiro entre as pessoas e o comércio, além de expor a população, que pode se 
tornar refém a qualquer momento nos assaltos. Uma calamidade. 
O falido Sistema 
Prisional brasileiro
Na outra ponta o 
Sistema Prisional, que está completamente falido. O Estado não consegue reeducar 
o preso. Assim são formadas em todo o território nacional verdadeiras escolas do 
crime onde amontoados de pessoas ficam reclusas, em um ambiente inadequado e sem 
ter o que fazer. Meliantes de alta periculosidade misturados a outros que 
cometeram pequenos delitos. Tudo “junto e misturado”... As facções criminosas 
comandam os presídios. Usam as suas instalações para comandar o crime organizado 
através de telefones celulares. Um verdadeiro absurdo. 
O cidadão de bem, sem 
proteção
No meio de tudo está 
o cidadão de bem. Está sim, desamparado até pelo direito de sua própria defesa, 
de portar uma arma. Alguns, a depender do poder aquisitivo, vivem em residências 
que mais parecem fortalezas, com muros altos, cercas elétricas, alarmes, 
câmeras, para tentar se defender dos criminosos. Idênticas prisões domiciliares. 
Quando saem para o trabalho enfrentam em todas as situações a marginalidade, 
armada, cruel e implacável. E continua o Estatuto do Desarmamento a vigorar, 
dificultando o acesso a armas por parte de cidadãos do bem. Enquanto os 
criminosos conseguem todo e qualquer tipo de armamento, muitas vezes com maior 
poder de fogo e de destruição do que as próprias polícias. 
A Polícia e as leis 
que dificultam o seu importante trabalho
Uma polícia militar 
que desenvolve ações de repressão ao crime. Prende várias vezes a mesma pessoa. 
Por exemplo, os menores de idade, protegidos pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente. Adolescentes que na sua “inocência” atiram e matam cidadãos em 
diferentes oportunidades. E matam policiais. E matam seus rivais de facção. E 
nada acontece. Passam pouco tempo apreendidos e logo voltam ao convício da 
sociedade. Aos 18 anos todos estão com a Ficha Limpa... E a Polícia Civil, em 
quase todos os Estados, incapacitada de terminar suas investigações, seus 
inquéritos, por falta extrema de pessoal, de material, de estrutura e de meios 
para isso. Milhares de crimes ficam impunes eternamente, uma triste constatação. 
Apesar de valorosos e competentes policiais, de ambas as forças, não possuem 
contingente para enfrentar a guerra contra o crime. 
A corrupção 
desenfreada 
Diariamente mais 
casos são noticiados nos diversos Estados da Federação envolvendo empresários, 
políticos, doleiros, comerciantes, fiscais e uma gama de pessoas na corrupção. A 
operação Lava Jato faz o que pode. Mas a Justiça não acompanha o seu ritmo. De 
um modo geral se sabe que são milhões de processos parados em todas as esferas 
judiciais. As ações se arrastam até que cheguem a seu término com os acusados 
livres de tudo, muitos por terem os prazos prescritos. 
Há esperança? 
Como o Brasil tem um potencial grande há que sair da crise e reverter a situação que se encontra. Mas em um tempo que a maioria de nós talvez não alcance.
 
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