Há algum tempo escrevi este comentário que atesta a pura realidade. É verdadeiramente de
assustar. Quem te viu outrora e quem te vê agora, Messejana. Antigamente era
conhecida como um local tranqüilo, de clima espetacular, com pouco movimento...
Mas a modernidade
chegou passo a passo e com ela todas as conseqüências, boas e ruins. Além do
trânsito caótico, a poluição visual, os esgotos a céu aberto em muitos locais, a
falta de fiscalização sobre o uso das calçadas por ambulantes, os terrenos
baldios com lixo, pouca iluminação pública em vários locais, buracos nas
principais ruas e por aí seguem os problemas atuais. Mas dentre estes se destaca
um dos piores, com toda a certeza, a violência. Aquela que gera o medo, a
insegurança e a intranquilidade entre seus moradores. A quantidade de
assassinatos e roubos na região é impressionante. Pode-se observar assistindo-se
ao derramamento de sangue nos programas policiais da televisão local.
A VIOLÊNCIA E OS
ASSALTOS
Nos dias de hoje
Messejana também se tornou alvo fácil de ladrões e assaltantes à mão armada,
particularmente de telefones celulares, fato comprovadamente registrado pelo
noticiário policial. Vários casos foram constatados nas proximidades no
quarteirão formado pela Rua Antonio Barros, Avenida Manoel Castelo Branco, Rua
José Hipólito e Cel. Dionísio Alencar, ou seja, no entorno do Estádio Walter
Lacerda, também conhecido como “Murilão”.
O “MODUS OPERANDI”
Os marginais quase
sempre atacam suas vítimas em duplas, de bicicleta. Um assaltante circula para
identificar sua vítima, seu alvo, e outro ataca. Localizam de preferência
mulheres que, por sua natureza, dificilmente esboçam qualquer reação aos
assaltos. Perseguem uma potencial vítima e no meio dos quarteirões efetuam os
assaltos “na maior tranqüilidade”.
No último caso que
chegou a nosso conhecimento a vítima, quando se deslocava para o trabalho, após
descer de uma topik, foi ameaçada com um revólver na cabeça pelo bandido, que
anunciou o assalto dizendo: “passa o celular se não eu te mato”... Mesmo após
ter entregado o telefone celular imediatamente, continuou por vários metros
sendo seguida pelo assaltante que dizia “se você gritar eu atiro em sua
cabeça”... A vítima (não identificada aqui por motivos óbvios) ficou em pânico,
traumatizada e teve que ser assistida mais tarde em um
hospital.
ELOGIO A UMA AÇÃO
PRONTA, RÁPIDA E BEM EXECUTADA
A FTA
Somente em um
caso que nos foi relatado a vítima “teve sorte”, se assim podemos dizer. Depois
de assaltada (nas proximidades da Av. Washington Soares), avistou umas
motocicletas da FTA (Força Tática de Apoio) da Polícia Militar, que prontamente
lhe atendeu. Como o roubo tinha ocorrido há instantes, conseguiram perseguir os
marginais e prender um deles (o que estava armado fugiu). E nesse caso o bandido
foi preso.
E aqui vai um elogio
ao pessoal que compõe a FTA da Polícia Militar do Ceará: quando eles se fazem
presentes tudo muda de figura e os marginais se dão mal.
NECESSIDADE DE UMA
“SATURAÇÃO”
Como as próprias
autoridades policiais dizem e fazem muitas vezes existe a possibilidade do
emprego de uma SATURAÇÃO,
ou seja, de um policiamento que abordasse as pessoas na área, em particular
ciclistas (não que todos sejam criminosos, é lógico, mas porque a maioria dos
casos de roubo é praticada por elementos que andam de bicicleta).
Essa saturação serviria para que os
marginais pensassem duas vezes em assaltar em Messejana, em especial nos
quarteirões mencionados, pela quantidade de casos. É freqüente as pessoas serem
assaltadas e nem sequer registrar os boletins de ocorrências (BO). E dizem que
“não dá nada” mesmo. E que não adianta...
A RONDA DO
QUARTEIRÃO
No início de sua
operação, as equipes de patrulhamento do Ronda do Quarteirão passavam várias
vezes pelo bairro (Messejana) e pelas ruas citadas da adjacência. Com isso, em
seu início fizeram diminuir muito os crimes dessa natureza em Messejana. As
viaturas circulavam mais e havia mais abordagens. Resultado: os ladrões foram
intimidados e o número de assaltos caiu. Hoje em dia o que se
nota é uma significativa diminuição do tempo em se nota uma viatura de Polícia
(Ronda do Quarteirão) passando pelas ruas de Messejana.
INSEGURANÇA EM
MESSEJANA
E com isso as pessoas
temem ficar em suas calçadas, temer em abrir a porta para receber o pão ou algum
remédio, ou até mesmo os Correios, temem retirar algum dinheiro em banco ou
receber seus salários, temem sair para alguma pizzaria ou restaurante à noite ou
de dia. Ora, nem todo mundo possui carro. E a comunidade precisa se deslocar. O
direito de ir e vir (com segurança) está difícil e se torna mais complicado a
cada dia. Quem tem o "alerta google" com a palavra "Messejana" pode ver os
inúmeros relatos de crimes, assassinatos, roubos e assaltos na Grande Messejana.
OS MUROS -
VERDADEIRAS “FORTALEZAS”
O que se observa em
todas as ruas (não só de Messejana, mas de Fortaleza) é que a população investe
de forma maciça em portões de ferro, muros altos, cercas elétricas, cercas com
arame farpado, câmeras de vigilância etc. As residências muitas vezes parecem
até prisões... É uma tentativa de se defender. Mesmo porque a população já está
totalmente desarmada e os marginais armados do jeito que querem. Tudo isso é o
retrato do medo, da insegurança, ambos gerados pelo atual estado de
situação.
SUGESTÕES PARA MAIS
DUPLAS DE FTA
Uma sugestão seria
que as autoridades investissem mais nas motocicletas, por sua mobilidade e
própria economia. Policiais em duplas em motocicletas certamente são mais ágeis
do que ladrões em bicicletas. Ou estamos errados? Grupos de desocupados, que
ficam sentados simplesmente observando as ruas, deveriam ser abordados para
identificação. O marginal tem que voltar a respeitar a Polícia, como
antigamente. E devemos aproveitar enquanto a situação não está totalmente fora
de controle.
Achamos que é
imprescindível uma ação mais enérgica da Polícia Militar fazendo abordagens
rotineiras na área. E marcando presença mais constante.
SERÁ QUE PAZ VAI
VOLTAR A REINAR EM MESSEJANA?
Gostaríamos muito de
voltar a noticiar fatos bons, novidades boas. Mas está difícil. Os problemas de
Messejana vão se agravando dia a dia. Será que ainda poderemos andar com
tranqüilidade pelas ruas? Sair na calçada de sua própria sem o medo de ser
assaltado ou ser assassinado?
ANARQUIA E FALTA DE
RESPEITO COM O USO DE SOM
Como se não bastasse isso tudo ainda há o uso de som em casas
noturnas instaladas em áreas residenciais até altas horas da noite. Chegam ao
nosso conhecimento que a polícia é acionada através do 190 mas sem
resultado. Perto do cruzamento na Estrada do Fio com Avenida Barão de Aquiraz há
três "bares" que aborrecem a vizinhança através de caixas de som em alto volume
até mesmo durante as madrugadas. Informados sobre essas ocorrências a própria Polícia orienta a que façamos um Termo Circubstancial de Ocorrência para depois ingressar na Justiça. A Secretraia Regional VI nada faz para verificar os alvarás de funcionamento.
MOBILIZAÇÃO DA
SOCIEDADE
A
sociedade tem que se mobilizar e fazer um alerta à Polícia no que diz respeito à
sua parte (registrando os Boletins de Ocorrência, enviando denúncias para os
órgãos de imprensa, pedindo ajuda para os parlamentares locais).
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