
É impressionante como
a música deixa traços em nossa vida. Será que isso ocorre com todas as pessoas,
indistintamente, ou não? Muitas vezes músicas nos remetem a eventos passados,
alegres, animados ou sentimentais. Em outras oportunidades pode nos levar a
lembranças tristes. De qualquer forma estabelece um elo fixo com nossas vidas.
Deixa um traço indelével em nossa mente, que acredito estar intimamente ligada
ao nosso espírito. A música é um dom
divino. Quem o recebe deve agradecer por ele e o aproveitar em todos os
sentidos.
Tenho a impressão
nítida de que o músico, além de ter os sentimentos aflorados, se encantar e se
divertir com a música, também pode sofrer com a música em outras situações. Por
exemplo, quando estou ouvindo uma música qualquer, mesmo a distância, antes de
dormir e algum instrumento está desafinado ou a pessoa coloca acordes errados,
aquilo me incomoda muito. Fica como se fosse um machucado latejando sem parar e
tenho que fazer um esforço para me desligar. Da mesma forma quando a música é
interessante, possui um arranjo legal, uma marcação de contrabaixo atraente,
também eu fico ouvindo com atenção e não consigo relaxar. Aquelas pessoas que
sente a mesma impressão vão entender com mais facilidade. Por outro lado não sei
definir o que faz a afinação, a percepção das diferentes frequências. Não
entendo como certas pessoas podem cantarolar uma melodia completamente fora do
tom e desafinando sem perceber nada. E acharia até engraçado se não fosse
irritante para quem ouve e percebe a desafinação.

Futuramente outras
canções iriam marcar minha vida em diferentes épocas. Algumas do Carlos Santana,
que tocava no Conjunto Big Brasa e Yesterday, dos Beatles, da qual o papai
gostava demais e que após sua partida deixou um traço muito forte em mim.

Sobre gosto e gêneros
musicais, tenho minhas preferências, é claro. E são pelas músicas que possuem
melodias, harmonias e arranjos bem trabalhados. Com um som de qualidade em todos
os instrumentos. Pode ser uma orquestra, um grupo musical, um quarteto de
cordas, música popular, clássica ou um rock bem pesado. Gosto muito dos Beatles,
do Roupa Nova, do Fagner, do Tim Maia e dos incríveis solos do Jimi Hendrix,
Eric Clapton e do Carlos Santana. Quem ainda não aprendeu a gostar e apreciar os
sons e a música de Rick Wakeman, por exemplo, ainda está precisando evoluir
muito. Como uma pessoa pode passar sua existência e não saber ou não perceber um
contraponto? Que na música
é uma técnica usada na composição onde duas ou mais vozes melódicas são
compostas levando-se em conta, simultaneamente. Uma maravilha!
Por outro lado
detesto a baixa qualidade dos forrós atuais. Parecem que todos tocam e cantam a
mesma música, que ninguém entende. Os arranjos são repetitivos, fracos e
apelativos. As letras em sua grande maioria sofríveis. Nada comparável, por
exemplo, ao nível dos verdadeiros e autênticos forrós dos inesquecíveis músicos
Luís Gonzaga e Dominguinhos, além de muitas canções do Trio Nordestino, com sua
sanfona, triângulo e zabumba.
Mas, como diz o
ditado, “gosto é que nem coração”. Cada um tem o seu, não é
verdade?
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