
É impressionante como 
a música deixa traços em nossa vida. Será que isso ocorre com todas as pessoas, 
indistintamente, ou não? Muitas vezes músicas nos remetem a eventos passados, 
alegres, animados ou sentimentais. Em outras oportunidades pode nos levar a 
lembranças tristes. De qualquer forma estabelece um elo fixo com nossas vidas. 
Deixa um traço indelével em nossa mente, que acredito estar intimamente ligada 
ao nosso espírito.  A música é um dom 
divino. Quem o recebe deve agradecer por ele e o aproveitar em todos os 
sentidos. 
Tenho a impressão 
nítida de que o músico, além de ter os sentimentos aflorados, se encantar e se 
divertir com a música, também pode sofrer com a música em outras situações. Por 
exemplo, quando estou ouvindo uma música qualquer, mesmo a distância, antes de 
dormir e algum instrumento está desafinado ou a pessoa coloca acordes errados, 
aquilo me incomoda muito. Fica como se fosse um machucado latejando sem parar e 
tenho que fazer um esforço para me desligar. Da mesma forma quando a música é 
interessante, possui um arranjo legal, uma marcação de contrabaixo atraente, 
também eu fico ouvindo com atenção e não consigo relaxar. Aquelas pessoas que 
sente a mesma impressão vão entender com mais facilidade. Por outro lado não sei 
definir o que faz a afinação, a percepção das diferentes frequências. Não 
entendo como certas pessoas podem cantarolar uma melodia completamente fora do 
tom e desafinando sem perceber nada. E acharia até engraçado se não fosse 
irritante para quem ouve e percebe a desafinação.  
 Em minha infância aprendi a tocar uma música no acordeon intitulada 
Rosa Maria. Foi a primeira que me foi ensinada pela minha primeira professora, 
Dona Ivone, ainda em São José dos Campos, em São Paulo. Na casa dela, que ficava 
a dois quarteirões, na Vila Ema, eu tocava apenas no teclado e ela fazia o 
acompanhamento no acordeon. Em casa, minha mãe tinha me presenteado com uma 
pequena sanfona e eu continuava o aprendizado. Depois de algum tempo eu a levava 
para as duas aulas semanais e voltava tocando, pela rua. Imaginem como a cidade 
era tranqüila! Os tempos completamente diferentes.  Nesta oportunidade quero registrar minha 
gratidão a minha querida mãe, que família era chamada de Zisile, que contribuiu 
muito para minha formação musical e no gosto pela leitura, que me proporcionou 
algumas vantagens no decorrer de minha vida.
Em minha infância aprendi a tocar uma música no acordeon intitulada 
Rosa Maria. Foi a primeira que me foi ensinada pela minha primeira professora, 
Dona Ivone, ainda em São José dos Campos, em São Paulo. Na casa dela, que ficava 
a dois quarteirões, na Vila Ema, eu tocava apenas no teclado e ela fazia o 
acompanhamento no acordeon. Em casa, minha mãe tinha me presenteado com uma 
pequena sanfona e eu continuava o aprendizado. Depois de algum tempo eu a levava 
para as duas aulas semanais e voltava tocando, pela rua. Imaginem como a cidade 
era tranqüila! Os tempos completamente diferentes.  Nesta oportunidade quero registrar minha 
gratidão a minha querida mãe, que família era chamada de Zisile, que contribuiu 
muito para minha formação musical e no gosto pela leitura, que me proporcionou 
algumas vantagens no decorrer de minha vida. 
Futuramente outras 
canções iriam marcar minha vida em diferentes épocas. Algumas do Carlos Santana, 
que tocava no Conjunto Big Brasa e Yesterday, dos Beatles, da qual o papai 
gostava demais e que após sua partida deixou um traço muito forte em mim. 
 Outro aspecto que não pesquisei ainda porque ocorre é que, no meu 
caso, quase todas as melodias que eu toquei ficaram definitivamente gravadas em 
meu mente. Não tenho nenhuma dificuldade para recordar das introduções, dos 
solos etc. Talvez, nas mais difíceis, alguma delas precise de uma agilidade no 
instrumento, que pela falta de prática constante tenha perdido. Ou seja, penso 
que vou conseguir a execução da música de forma perfeita e não está bem assim. 
Mas as letras das canções inexplicavelmente quase que desapareceram para mim. 
Até mesmo as minhas composições, que escrevi várias vezes e cantei outras tantas 
ocorre o mesmo.  Quem sabe alguém poderá 
explicar porque isso acontece. Admito que o fato de cantar apenas parcialmente 
muitas músicas (fazendo a parte dos vocais) não gravava as letras na íntegra. 
Quem sabe?
Outro aspecto que não pesquisei ainda porque ocorre é que, no meu 
caso, quase todas as melodias que eu toquei ficaram definitivamente gravadas em 
meu mente. Não tenho nenhuma dificuldade para recordar das introduções, dos 
solos etc. Talvez, nas mais difíceis, alguma delas precise de uma agilidade no 
instrumento, que pela falta de prática constante tenha perdido. Ou seja, penso 
que vou conseguir a execução da música de forma perfeita e não está bem assim. 
Mas as letras das canções inexplicavelmente quase que desapareceram para mim. 
Até mesmo as minhas composições, que escrevi várias vezes e cantei outras tantas 
ocorre o mesmo.  Quem sabe alguém poderá 
explicar porque isso acontece. Admito que o fato de cantar apenas parcialmente 
muitas músicas (fazendo a parte dos vocais) não gravava as letras na íntegra. 
Quem sabe? 
Sobre gosto e gêneros 
musicais, tenho minhas preferências, é claro. E são pelas músicas que possuem 
melodias, harmonias e arranjos bem trabalhados. Com um som de qualidade em todos 
os instrumentos. Pode ser uma orquestra, um grupo musical, um quarteto de 
cordas, música popular, clássica ou um rock bem pesado. Gosto muito dos Beatles, 
do Roupa Nova, do Fagner, do Tim Maia e dos incríveis solos do Jimi Hendrix, 
Eric Clapton e do Carlos Santana. Quem ainda não aprendeu a gostar e apreciar os 
sons e a música de Rick Wakeman, por exemplo, ainda está precisando evoluir 
muito. Como uma pessoa pode passar sua existência e não saber ou não perceber um 
contraponto? Que na música 
é uma técnica usada na composição onde duas ou mais vozes melódicas são 
compostas levando-se em conta, simultaneamente. Uma maravilha! 
Por outro lado 
detesto a baixa qualidade dos forrós atuais. Parecem que todos tocam e cantam a 
mesma música, que ninguém entende. Os arranjos são repetitivos, fracos e 
apelativos. As letras em sua grande maioria sofríveis. Nada comparável, por 
exemplo, ao nível dos verdadeiros e autênticos forrós dos inesquecíveis músicos 
Luís Gonzaga e Dominguinhos, além de muitas canções do Trio Nordestino, com sua 
sanfona, triângulo e zabumba.   
Mas, como diz o 
ditado, “gosto é que nem coração”. Cada um tem o seu, não é 
verdade?
 
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