
No 
Brasil, na realidade, nunca houve reforma ortográfica significativa e que 
prestasse mesmo, apenas convenções e acordos ortográficos com os países de 
língua portuguesa, que não surtiram o efeito desejado. Em minha opinião, se 
quisessem fazer uma reforma mesmo útil, para simplificar nossas vidas, deveriam 
acabar com todos os acentos. E pronto. Com o cê-cedilha (ç) também. Tudo aquilo 
que não ajuda em nada e somente atrapalha deveria ser jogado na realidade no 
lixo de uma vez só. Ficaríamos que nem o idioma inglês, que não perde tempo com 
firulas ou frescuras desse tipo.  
Não é preciso ser 
muito inteligente para reconhecer as dificuldades que as reformas nos trouxeram. 
Mas parece que devemos ser burros para somente engolir tudo calado frente aos 
deuses do idioma. Ao pensar sobre as reformas ortográficas que o Brasil 
enfrentou pesquisei rapidamente e descobri que as principais ocorreram nos 
seguintes anos: 
 1943: Abolido o "ph" (com som de "f": 
pharmácia, por exemplo); 1973: Eliminação do acento circunflexo para distinguir 
palavras homógrafas e eliminação do acento grave nas palavras terminadas com o 
sufixo "mente" (sòmente, por exemplo). Em 
2009: Eliminação do trema, inclusão das letras "k", "w" e "y" (mas válido 
apenas para designar nomes e palavras estrangeiras).
1943: Abolido o "ph" (com som de "f": 
pharmácia, por exemplo); 1973: Eliminação do acento circunflexo para distinguir 
palavras homógrafas e eliminação do acento grave nas palavras terminadas com o 
sufixo "mente" (sòmente, por exemplo). Em 
2009: Eliminação do trema, inclusão das letras "k", "w" e "y" (mas válido 
apenas para designar nomes e palavras estrangeiras). Hoje me deparei com uma fotografia no Facebook, na qual livros estavam sendo jogados fora, no lixo e o amigo que a postou criticava aquele ato. Logicamente condeno essa atitude, mas deixei a minha opinião na postagem. Ao analisar o que ocorre de verdade cheguei à conclusão de que algumas pessoas, muito estudiosas, querem de vez em quando atrapalhar o nosso já tão complicado idioma português. E comprovo:
A 
última reforma ortográfica, por exemplo, deixou todos os nossos livros e 
dicionários errados, pelo Brasil afora. 
E 
passei a pensar quando minhas avós grafavam palavras conforme tinham aprendido: 
“elle” e outras mais. Achava que elas é que não tinham se atualizado. Mais tarde 
cheguei a ler escritos de meu pai com problemas semelhantes – principalmente de 
acentuação, conseqüência de mais uma reforma (foi o Word que colocou o trema na 
palavra anterior). E eu deixei de propósito. 
E 
recentemente, com mais essa reforma, eu é quem estou me atrapalhando de vez 
em quando. 
Os  tecnocratas contribuíram muito para as editoras, porque tudo 
isso certamente rendeu e vai render milhões aos livros didáticos que deverão ser 
editados novamente! 
Algumas 
palavras que antes possuíam separação hoje possuem. E vice-versa. Ora, como 
vamos assimilar isso depois de anos de estudo? Vou a Roma ou Vou à Roma (tem ou 
não tem crase? 
Muito bem: se você vai a Roma e volta de Roma, nada de crase.
Mas, 
se você vai à China e volta da China, crase já! 
Pegou?
Então, 
comigo: 
Vai 
a França e volta da França. Crase? Sim crase já!
Vai à França e volta da França.
Vai a Portugal e volta de Portugal, nada de crase!   
 Viram? Tudo precisa de um esquema para se descobrir se tem ou não 
crase. E assim por diante. São inúmeros os casos. Se eu escrever: “levei uma 
topada no pe” você leu o que? Pé, é claro. Não precisa ter o acento porque nós 
pronunciamos o acento. E aquelas pessoas, que de forma ridícula, ficam tentando 
pronunciar a crase: Vai àààà França: fulano?
Viram? Tudo precisa de um esquema para se descobrir se tem ou não 
crase. E assim por diante. São inúmeros os casos. Se eu escrever: “levei uma 
topada no pe” você leu o que? Pé, é claro. Não precisa ter o acento porque nós 
pronunciamos o acento. E aquelas pessoas, que de forma ridícula, ficam tentando 
pronunciar a crase: Vai àààà França: fulano? 
E, 
além de saber que todos os nossos livros estão “perdidos” vejo que também não 
surtiu o efeito desejado ao unificar o português. Em Portugal continuam falando 
do mesmo jeito, escrevendo certo ou errado que nem aqui. E aqueles que passaram 
anos tentando aprender e escrever bem o nosso idioma se deram mal novamente. 
Convenhamos, tira hífen, coloca hífen, tira o acento de idéia, que agora é 
grafada ideia. Adiantou o que mesmo? 
A 
reforma ortográfica foi desenhada desde 1986 e só este ano, depois de muito 
debate, Portugal aceitou assinar o acordo. Mas as discussões sobre vantagens e 
desvantagens da reforma ainda persistem. Sai hífen, entra hífen, cai acento, 
some o trema. A reforma ortográfica foi mal recebida por brasileiros que vivem 
de palavras. 
Enquanto 
os sábios ficaram enterrados aqui imaginando tal reforma, meia-boca, capenga, 
outras pessoas em países mais evoluídos passaram o mesmo tempo pesquisando novas 
tecnologias, avanços na física, na medicina, sem se preocupar de escrevem porque 
fizeram isso, por que fizeram isso ou por quê fizeram isso! Sabem apenas que o 
mundo evoluiu com suas conquistas.
 
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