Quando você deve
olhar para baixo?
Desde minha juventude
ouvi expressões do tipo: “você deve sempre olhar para frente, para cima e nunca
para baixo”. Por algum tempo assimilei essa orientação e pensava assim também,
seguindo a orientação de pessoas que eu considerava mais experientes. Mas ao
longo de minha existência e das próprias experiências de vida comecei a observar
que todos nós possuímos sonhos a alcançar e metas a serem atingidas e que alguns
objetivos não serão alcançados, certamente. A consciência disso tudo é saber e
admitir esta verdade desde cedo. E que devemos olhar para cima, mas também para
baixo, principalmente para estabelecer um ponto de equilíbrio, fazer comparações
e assimilar referências.
A felicidade pode ser
encontrada em diversos níveis. No convívio e no relacionamento com as pessoas,
no trabalho, em família, como também por conquistas materiais obtidas. Mas não é
só isso: com a maturação de nossa personalidade devemos ter convicção de que os
momentos felizes não serão uma constância em nossas vidas. Então volta a
pergunta inicial: Quando você deve olhar para baixo?
E a resposta é
simples. A observação dos povos, de tudo aquilo que ocorre com as pessoas no
mundo inteiro, em diversos países ou mesmo perto de onde estamos, na mesma
cidade, talvez muito próximo de nós. Examine vários aspectos nos locais onde
você vive, por exemplo: podem existir pessoas extremamente abastadas, mas ao
mesmo tempo outras ditas remediadas e uma classe muito carente. E as
comparações, se você fizer uma reflexão, serão inevitáveis.
Conhecer seus
limites, isso poderá ser a chave da felicidade!
Se uma pessoa viaja
muito para o exterior, não significa que ela seja feliz e você não. Ao mesmo
tempo, se você não consegue os mesmos objetivos materiais, mas tem saúde, isso
pode ser o motor de sua boa vida. Vamos exemplificar com os esportes. Um
corredor campeão, em qualquer modalidade, tem que possuir as características
para o sucesso obtido. Muitos treinos, altura adequada para o tipo de corrida,
comprimento das pernas, desenvolvimento de sua musculatura entre várias outras
condicionantes. Caso você queira também competir e se igualar àquele vencedor
pode ser barrado simplesmente por não possuir uma ou mais características
físicas exigidas para aquele esporte. Então o que fazer? Conhecer seus limites!
Não pode ser um corredor? Então procure ser o melhor em outra atividade e seja
feliz. Li alguns textos que falam muito da importância de sabermos diferenciar o
que é importante do que é famoso. Você pode ser muito importante na vida... E
não ser nenhum pouco famoso. E daí? O que vale é a sua felicidade e os
benefícios que ela incorpora ao seu espírito e personalidade. Observe a
felicidade existente em algumas populações muito sofridas, que se contentam
apenas em ter água, por exemplo. E ficam extremamente quando conseguem aquele
benefício. Por outro lado aqueles que possuem tudo, mas visivelmente demonstram
sua infelicidade, talvez mesmo pela ganância de sempre desejar mais!
Quando olhar para
baixo?
Se em determinado
momento ou circunstância você se sentir deprimido, insatisfeito, triste ou
infeliz com alguma situação, é o momento exato para isso. Olhe para baixo!
Examine calmamente as pessoas que se encontram em situação incomparavelmente
pior do que a sua! Não para se alegrar com isso, mas para que saiba onde
exatamente você está e valorize sua vida, suas condições. Faltou alguma coisa em
casa e você reclamou? Pare e pense que existem milhares de pessoas que nem mesmo
lares possuem! E tenha a imediata consciência de que você é um felizardo.
Então não devemos
nunca olhar para cima?
Não, não é exatamente
isso que disse. Nós devemos sempre buscar nossas melhoras! Um operário em grau
de aprendiz de uma indústria deve procurar fazer sempre o melhor para aprender,
evoluir, conquistar novos espaços e chegar aos mais altos níveis possíveis
dentro de sua área. Mas ao mesmo tempo se este operário tem algum percalço no
caminho não deverá desanimar nunca. E para que aumente seu grau de felicidade,
por exemplo, ter a consciência de que está sendo aprendiz e tem a chance de
evoluir, enquanto milhões de pessoas nem mesmo emprego possuem e assim ficam
impossibilitadas de ter o mesmo acesso funcional.
O valor da
felicidade
Eu, por exemplo,
conheço algumas de minhas limitações. Quanto aos conhecimentos, tenho a plena
consciência de que poderia ter aprendido mais. De ter realizado muito mais. A
vida me proporcionou este sentimento e a idade da razão talvez contribua com o
discernimento encontrado. Mas, apesar da mente ser dinâmica e seu processamento
de dados incrivelmente bem feito, seu exercício constante com o enriquecimento
de novos valores é necessário e muito benéfico. Enfim, conhecendo em
profundidade o nosso potencial e limites, teremos mais chances de viver mais
felizes por mais tempo.
Estou muito feliz por
ter escrito estas palavras, no sentido de que este texto faça alguém raciocinar
mais um pouco e assimilar algo de bom. E a felicidade se torna maior quando
sabemos que há meios para compartilhar nossas ideias com as novas tecnologias!
Aprenda a conhecer e administrar seus limites e seja feliz com eles!
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