quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os setores que cuidam da Saúde no Ceará vão de mal a pior – um caos!

Triste e constrangedor para a população é a constatação de um quadro muito ruim para a área de Saúde no Ceará, particularmente na Capital, Fortaleza, quando se vê postos de saúde com atendimento nada bom, filas intermináveis, pacientes abandonados à própria sorte (ou azar), falta de profissionais para atendimentos clínicos e de urgência, falta também de equipamentos para exames, macas quebradas, um verdadeiro caos. A imagem ao lado é uma, dentre centenas de fotos e vídeos que são mostrados diariamente nas televisões do Ceará, todos os dias.

A população que possui um poder aquisitivo maior e que consegue manter planos de saúde já está passando por problemas semelhantes. As pessoas, mesmo com dinheiro no bolso, cheques, cartões de crédito, cartões dos planos de saúde, na quase totalidade das vezes também encontram dificuldades. É que a demanda é muito maior do que foi o crescimento da rede hospitalar nos últimos 25 anos. E o resultado está aí, infelizmente, para demonstrar a falta de perspectiva e de visão dos sucessivos governantes que não investiram suficientemente na área da saúde.

Os programas de televisão nos mostram cenas impressionantes, no dia a dia, de pacientes estirados no chão, sem nenhum atendimento, outros que esperam horas e horas sem conseguirem uma consulta, sem conseguir uma sutura em um ferimento muitas vezes. Notadamente nos hospitais Frotinha de Messejana e de Parangaba nós assistimos nesta semana verdadeiras imagens caóticas de um sistema de saúde que atende de forma péssima a população. As reportagens não mentem e mostram a lamentável situação de abandono que se encontra o povo quando se trata de conseguir atendimento médico nas diferentes áreas. Se não tiver muito dinheiro ou influência para conseguir bons hospitais, particulares, a coisa fica preta mesmo. Nesta hora é que se vê nitidamente a diferença entre as classes sociais que existe em nosso país.

E sobre o direito e a liberdade de imprensa nota-se que há algo errado agindo contra os profissionais de televisão que fazem reportagens nesses hospitais e postos de saúde. Como eles próprios comentam em suas matérias (e o povo assiste!) são impedidos de gravar imagens em determinados locais (salas de espera de atendimento, por exemplo) para não mostrarem abertamente o caos existente. E ainda por cima a Polícia é acionada para impedir as reportagens. Ontem, dia 11 de julho, em um canal de televisão local, uma reportagem foi impedida de trabalhar e houve o acionamento da Ronda do Quarteirão, que enviou três viaturas ao local. O reporte comentava, na oportunidade: “vocês não têm culpa porque foram mandados aqui, mas essas viaturas deveriam estar sendo usadas para prender ou procurar bandidos”... E não para fiscalizar e impedir o trabalho livre da imprensa.

Enquanto isso a megalomania continua no Estado. Há obras em andamento que são incompatíveis com a situação desesperadora do Ceará. Um Estado pobre, violentamente atingido por uma seca há dois anos, com a população do interior “a perigo”, como se diz popularmente, as culturas perdidas, boa parte do gado também e com falta d’água em muitos municípios. Uma pobreza de fazer pena. De que adiante ter em Fortaleza um Aquário (como o de Londres, Paris e outros centros), encher os olhos de poucos e dos turistas e deixar a população interiorana carente, necessitada em todos os sentidos?

Faltam hospitais com estrutura adequada, profissionais, equipamentos, ambulâncias, enfim, a situação é verdadeiramente caótica e não se vislumbra melhoras a curto prazo. Urge maior cobrança dos representantes populares (deputados e vereadores), para que empenhados lutem a favor de uma melhora real na saúde do Ceará.

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