Desde os últimos meses de 2014 as coisas já se
prenunciavam sombrias. Estranhamente durante as eleições houve uma incrível
omissão de verdades, agora totalmente expostas tão como fraturas, que ferem o
orgulho de ser brasileiro. Ora, acabou o carnaval agora, mas os políticos não
voltaram ainda a seus trabalhos! A troco de que? Sabem que seus salários estarão
garantidos ao final do mês! Duvido que alguém desconte um centavo deles. Tudo
dominado, na casa do sem jeito diriam alguns.
ONDE ESTÁ A VERDADE?
A posse da presidente Dilma, a troca de Ministros e uma enxurrada de aumentos de impostos, dos combustíveis, da água, da energia elétrica e por aí vai... E absolutamente ninguém aparece nos noticiários para avisar ao povo o que realmente está ocorrendo. Certamente a falta de credibilidade é tão grande que estão deixando a sociedade “esfriar” mais um pouco para aparecerem. E faz parte também da estratégia conhecida de todos afirmativas do tipo: não sei de nada, não vi isso, não conheço, nunca estive com fulano ou sicrano... As esperanças dos brasileiros que entendem um pouco do assunto e que acompanham os casos é que as provas sejam contundentes e que todo mundo que tenha culpa seja alcançado, independente de sua coloração partidária ou da quantidade de dinheiro ou poder que detém.
As empresas também possuem os seus advogados
ou assessores para dizer “estamos prontos a colaborar com a justiça” e coisas do
gênero. A crise na Petrobrás gerou por último uma série de comerciais na
televisão para tentar recuperar a imagem de uma empresa “sólida”, mas que foi
verdadeiramente assaltada por bandos de facínoras. Os empresários envolvidos e
que propuseram a delação premiada falam abertamente, com seus paletós, como se
estivessem em plena reunião de negócios tratando de assuntos lícitos e não de
seus próprios desvios ou recebimento de propinas. Uma vergonha.
ILICITUDE PASSA A SER UMA
REGRA?
Um mar de lama em vários locais. A cada dia mais escândalos surgem, com seus desdobramentos. O Ministério Público e a Polícia Federal lutam com afinco para dar vencimento às suas árduas tarefas. É tanto dinheiro desviado, para tantas pessoas, com destinos cada vez mais sofisticados, o que chamam de “lavagem” de dinheiro sujo das propinas. De forma igual aparece o envolvimento de empreiteiros e de entidades bancárias também envolvidas nas tramas. É simplesmente estarrecedor. E o bravo juiz federal Sergio Moro luta para consertar tudo, apurar os lícitos e penalizar quem deve. A esperança é que os “respingos” chegam até os verdadeiros líderes das organizações criminosas. A todos os instantes noticiários mostram as operações, mandados de busca e apreensão, com várias pessoas presas. Chega ao ponto de não se entender direito o que se passa tal a quantidade das irregularidades em todo o país! A população mais simples não entende mesmo. Só sabe que os preços aumentam, os custos disparam, a violência também se alastra... É a impunidade deixando sua marca.
SERIA FALTA DE ÉTICA?
O encontro marcado por advogados das empresas
enroladas por denúncias na operação Lava-Jato, com o Ministro da Justiça, é no
mínimo estranho e por isso mesmo deve ser levado em conta pelo Congresso
Nacional, que deve pedir uma explicação formal, pelo menos isso. Jamais
saberemos de fato toda a verdade por detrás dos bastidores.
A LEI FUNCIONA PARA UNS E PARA OUTROS NEM
TANTO
Por outro lado não se imagina um advogado ou
grupo de advogados de milícias, de uma facção criminosa ligada ao tráfico de
entorpecentes, pelo menos tentar contato com o Ministro da Justiça, que é na
realidade que comanda a Polícia Federal. Ou seja: os poderosos aqui no Brasil se
acham no direito de interferir ou de tentar ingerência nos assuntos ligados à
justiça, buscando para isso todos os meios possíveis. Um absurdo. Quem furta
muito no Brasil pode se dar ao luxo de ter tido apreendido iates, carros
importados, lanchas e ainda ter “de sobra” milhões depositados em contas
secretas, afora transferência de bens para terceiros com o objetivo de burlar à
lei.
Até onde chegaremos?
Correndo ao lado de tanta desgraça
ainda estamos com fatores climáticos desfavoráveis, como a falta de chuvas em
alguns estados e o excesso em outros.
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