quinta-feira, 23 de maio de 2019

A difícil arte de administrar


Bem diferente de opinar, criticar, sugerir medidas, são as dificuldades da própria arte e dinâmica de administrar. Para que se possa fazer uma reflexão bem simples é possível traçar um paralelo sobre como pode ser complicado administrar sua própria casa, onde em princípio não há muitos entraves (será mesmo?) e as decisões podem ser tomadas de forma bem mais rápida. Depois disso, avançando nos graus de complexidade, poderíamos pensar na administração de um bairro, de uma cidade, de um estado e por último do próprio país que vivemos, com todas as suas diversidades, suas dimensões continentais, culturas diferentes e necessidades peculiares de cada área, cada população etc. 

Em termos administrativos ideais, digamos, em nossa própria casa podemos estabelecer rapidamente diretrizes para cada setor, por exemplo, estabelecer normas para a segurança geral, segurança do pessoal, das instalações (alarmes e outros dispositivos) com seus desdobramentos, dos equipamentos eletro-eletrônicos, e ampla flexibilidade, com os meios modernos da atualidade, nas comunicações entre os familiares (devem ser elaboradas listagens de telefones de emergência para que fiquem com fácil acesso), nas definições de compras a serem feitas, limpeza e manutenção. O controle financeiro para tudo é parte fundamental, preferencialmente registrado em agendas ou programas específicos. Os administradores de uma casa devem, além de estabelecer normas e procedimentos, observar o que acontece e ouvir sugestões para eventuais melhorias. Esta dinâmica é que proporciona um avanço na qualidade geral da administração e nos bons resultados. Os administradores ao usarem este método estarão atuando de maneira inteligente e conseguirão certamente melhores resultados que aqueles que não procedem com este modo.

Em uma abrangência bem maior teríamos os bairros de uma cidade. É fácil verificar de imediato que os problemas e as diferentes situações são muito maiores. Sendo assim as soluções também necessitam de mais recursos, mais informações, estrutura administrativa eficiente, informações precisas e rápidas para que tudo não se transforme em um verdadeiro caos, o que vemos acontecer dia a dia através dos noticiários em vários locais do país. Há sérias dúvidas de minha parte na descentralização de serviços das Prefeituras em Regionais. Na realidade a descentralização seria um bem, mas a partir de observações sobre o funcionamento do sistema e demorados resultados, na grande maioria das ocorrências, os gestores teriam que modificar seus planejamentos, que devem ser dinâmicos.  

Em uma esfera bem mais temos agora as Unidades da Federação, ou seja, os estados, com seus municípios, todos necessitando de uma coordenação, observação e ações múltiplas, partidas do administrador de cada Estado em interação sempre que possível com todos os municípios que o compõe. Há que se observar os princípios da Oportunidade e Abrangência, na troca de informações, para que haja tempo suficiente para os planejamentos das ações, tendo em vista os entraves trazidos pelos procedimentos e a burocracia existente.

No mais alto nível figura o governo central, para coordenar administrativamente todo o país, logicamente dentro de suas atribuições constitucionais, em todos os Campos de Expressão do Poder Nacional, para proceder às políticas necessárias para seu desenvolvimento, para o bem de seus cidadãos. E para o governo federal exerça tudo isso com a maior abrangência, graus de acerto, oportunidade e objetividade, é indispensável, mais do que nunca, uma excelente interação com seus assessoramentos na Área de Inteligência, o qual de posse de seu planejamento e necessidades básicas proverá conhecimentos necessários para as tomadas de decisão, sempre com maios chance de acerto, tendo em vista que existem profissionais altamente treinados para esse objetivo.

Nenhum comentário: