Sem procuração para defender este ou aquele órgão de inteligência
assisti muitas matérias na televisão e li vários textos nestas últimas semanas
com relação à espionagem. Por exemplo, a dos que os Estados Unidos da America
praticam contra os outros países, inclusive países “amigos”, como Brasil, França
e Alemanha...
Não há surpresas,
neste campo de atividade, pois muito embora todo mundo negue, os governos neguem
que praticam espionagem, alguns a empregam costumeiramente. E assim é desde os
primórdios do mundo. A regra que deve ser emprega é esta: cada um que procure
proteger o seu conhecimento, de maneira a impedir ou a dificultar a busca de
dados pelo “inimigo”, ou seja, para que a espionagem dos outros não se
concretize.
A
Contra-Inteligência
Falando de maneira
bem simples, para que haja um perfeito entendimento de todos, assim são criados
mecanismos de proteção, para isto também existe a Criptografia, que é uma arte
de codificar mensagens (hoje em dia e-mails, telefones e todo tipo de documento)
de forma que fique ininteligível para quem quiser bisbilhotá-los.
No caso da espionagem
americana sobre o Brasil, grampos telefônicos, leituras de
e-mail e outros documentos, seles não irão nunca admitir, mesmo porque a atividade de espionagem é proibida. Cabe a nós, brasileiros, cuidarmos da proteção de nossos interesses, mesmo sabendo que a busca por nossos conhecimentos importantes, particularmente os sigilosos, será uma constante.
e-mail e outros documentos, seles não irão nunca admitir, mesmo porque a atividade de espionagem é proibida. Cabe a nós, brasileiros, cuidarmos da proteção de nossos interesses, mesmo sabendo que a busca por nossos conhecimentos importantes, particularmente os sigilosos, será uma constante.
A imprensa distorce
os fatos e fala sem conhecimento de causa
Agora vem a imprensa
e divulga que o governo brasileiro “espionou” diplomatas estrangeiros...
Acusando funcionários da Agência Brasileira de Inteligência de “espionar”
diplomatas do Iraque, Irã e Rússia. Deste modo distorcem os fatos e querem mesmo
é aproveitar o assunto para que tudo seja manchete. Ora, tenham paciência!
Se a espionagem
praticada por países estrangeiros capta nossos conhecimentos importantes e é
descoberta, a imprensa brasileira culpa a ABIN... E quando a ABIN pratica a
Contra-Inteligência (prevista em lei) para defender os interesses brasileiros,
são chamados de espiões. Quanta ignorância sobre a Atividade de
Inteligência!
Uma reportagem
divulgada na imprensa afirma que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN),
“principal braço de espionagem do governo” (termo este distorcido), monitorou
pessoas do corpo diplomático da Rússia, Irã e Iraque nas embaixadas em Brasília
e em residências oficiais. A reportagem diz que isso tudo “apesar das críticas à
espionagem americana feitas pela presidente Dilma Rousseff.”
A ABIN desconfiava
que eles estivessem envolvidos com atividades de espionagem no Brasil.
Funcionários da embaixada do Irã também foram vigiados. Os agentes seguiram os
diplomatas a pé e de carro para registrar suas atividades nas embaixadas e em
suas casas. Ainda segundo o relatório, após a invasão do Iraque pelos EUA, em
2003, o governo brasileiro espionou a embaixada do país no Brasil. Na época,
muitos diplomatas buscavam refúgio no Brasil.
Segundo o governo, (e
aqui erra novamente a reportagem na imprensa) “as ações de espionagem” tinham o
objetivo de proteger segredos de interesse do Estado brasileiro. O Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, disse à Folha de São Paulo
reconhecer que as operações foram executadas e afirmou que todas foram feitas de
acordo com a legislação brasileira.
O certo é que a ABIN
desempenhou bem seu papel e praticou tão somente a atividade de Contra-Inteligência, para quem
quiser saber a realidade dos fatos. Tal atividade é prevista em lei e consta das
atribuições específicas do órgão, conforme o leitor verá ao final desta matéria.
E, particularmente, acho que a finalidade e missão da ABIN deveria ser mais
divulgada para os brasileiros, com vista a que todos nós passemos a gostar da
atividade e defendê-la, não somente profissionais que trabalharam nesta
Atividade por longos anos (como este que vos escreve) e passaram a conhecê-la,
admirá-la e considerá-la imprescindível para o País. Ao mesmo tempo vejo que os
brasileiros é que deveriam ser mais politizados e educados a ponto de despertar
seu interesse por assuntos que envolvem sua pátria.
A ABIN – Agência
Brasileira de Inteligência
(Extraído do site http://www.abin.gov.br)
A ABIN, órgão central
do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), tem a seu
cargo: planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a atividade de
Inteligência. Em conseqüência, cabe-lhe a atribuição de executar a Política
Nacional de Inteligência no mais alto nível do governo, de forma a integrar os
trabalhos dos demais órgãos setoriais de Inteligência do país. A ABIN tem como
competência assessorar o Chefe de Estado no desempenho de suas elevadas funções,
sobretudo em caráter preventivo, assegurando-lhe o conhecimento antecipado de
fatos e situações relacionados ao bem-estar da sociedade e ao desenvolvimento e
segurança do país.
Órgão de Estado ou de
Governo?
A ABIN é um ÓRGÃO DE
ESTADO, não é um ÓRGÃO DE GOVERNO. O Estado brasileiro é permanente. Os
Governos, transitórios. A ABIN não tem qualquer vínculo político partidário. É
um instrumento de Estado, voltado para a defesa da sociedade brasileira,
absolutamente apartidário. Seu compromisso ideológico é, de forma única e
exclusiva, com a democracia.
Atuação
A Agência Brasileira
de Inteligência atua em duas vertentes:
1- INTELIGÊNCIA: Por
meio da produção de conhecimentos sobre fatos e situações de imediata ou
potencial influência no processo decisório e na ação governamental e sobre a
salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.
2-
CONTRA-INTELIGÊNCIA: Pela adoção de medidas que protejam os assuntos sigilosos
relevantes para o Estado e a sociedade e que neutralizem ações de Inteligência
executadas em benefício de interesses estrangeiros.
Essa divisão busca
atender às necessidades rotineiras do processo decisório presidencial. A ABIN
atua no acompanhamento de fatos emergentes, previsíveis ou não, com o intuito de
antecipar tanto oportunidades quanto possíveis ameaças ao Estado Democrático de
Direito.
É preciso que
tenhamos cuidado ao emitir opiniões
“A televisão é como
as torradeiras, carrega-se no botão e sai sempre a mesma coisa”, frase de Alfred
Hitchcock. Gostaria de concluir com essa ideia, que é um conjunto da formulação
de vários pensamentos, baseado no exemplo a seguir:
Para que alguém seja
um advogado, um engenheiro, um médico, um padre ou pastor ou simplesmente algum
profissional qualificado é preciso que a pessoa estude muito, leia bastante
sobre o tema, pratique, treine. E este processo leva anos a fio. E para falar
sobre temas relacionados à sua área de atividade o indivíduo deve possuir muito
preparo, muito conhecimento, muita leitura, pelo menos.
Quando a imprensa se
reporta às vezes sobre casos que envolvem a Atividade de Inteligência muitas
vezes erra ou distorce os fatos pelo desconhecimento da matéria, de causa. São
profissionais (jornalistas ou repórteres) que não foram preparados para tal fim
e desconhecem, portanto as nuances desta nobre e necessária Atividade.
Ficamos com a tal
questão do Estudo da Lógica e dos Estágios da Mente: quando um repórter emite um
conceito sobre a Atividade de Inteligência e distorce algum fato por
desconhecimento ele está, na realidade emitindo o que pode ser considerado uma
OPINIÃO (um dos estágios da mente), muito diferente daquele denominado de
CERTEZA, quando a mente tem o conhecimento da matéria e os fatos a espelham como
VERDADE.
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