O direito à manifestação do
pensamento é livre. Pois bem, começo por dizer que eu nunca gostei de política
partidária, principalmente quando encontramos dezenas de letrinhas
representativas de aglomerados políticos que se encontram em lados diferentes,
com ideologias distintas, mas com poucos interessados realmente no bem comum. Pergunte
aos brasileiros em geral apenas o significado de algumas siglas de partidos
políticos para ver se eles conhecem. Nem o nome eles vão reconhecer. Muito
menos as propostas de cada partido e menos ainda, se verdadeiramente os
políticos as seguem à risca.
A política partidária não poderia
ser uma profissão, ou seja, uma pessoa se quisesse ser útil ao seu país, à sua
nação, se elegeria apenas por um período e depois de sua missão retornaria à
sua profissão de origem. Ao se perpetuar nos cargos, pelo que facilmente todos
podem observar, existe uma decaída de rendimento e a entrada no campo dos
favorecimentos pessoais, das benesses e das artimanhas de todo tipo para
conseguir dinheiro, influência e poder.
Mas como a inexistência de
representatividade é impossível em uma democracia, a meu ver o ideal seria
termos dois partidos apenas. Nesses dois blocos se alojariam todos aqueles que
desejam efetivamente servir ao país. O norte seria este mesmo: servir à Pátria,
para o bem do povo. Utopia? Nem tanto, porque há países assim no mundo. Estão
mais educados, em um nível de civilização mais avançado e em uma cultura
favorável aos bons princípios, à moral e à ética. Não haverá saída para a
política partidária sem uma expressiva reforma de tudo.
No Brasil o que ocorre é um
número excessivo de políticos, em todos os níveis (federal, estadual e
municipal), com as consequências danosas para o erário público. Os impostos que
a União arrecada da população é que também serve para pagar todos os altos
salários, as benesses, mordomias e a grande farra nacional no que diz respeito
à falta de amor à pátria e falta também de compromisso, a começar pelo próprio
trabalho que são pagos para executar e não o fazem como deveriam.
Uma Reforma Política de peso
seria necessária, mas feita por quem? Pelos que estão eleitos? Não mudariam
nada e estaríamos correndo o risco até de ver a situação piorada. Em nosso
Congresso Nacional uma lenga-lenga sem fim. Para se aprovar qualquer coisa há
inúmeras comissões, lutas internas para aparecer, faltas ao trabalho, pautas
boicotadas por agremiações partidárias e um sem número de dificuldades que
pouco a pouco vão enfraquecendo qualquer tentativa voltada para o bem.
E assim continua o Brasil
tentando se recuperar e os inúmeros partidos políticos lutando por suas
ideologias, esquecendo o principal. Estamos à beira do precipício e se medidas
acertadas não forem tomadas em curto prazo a crise existente se alastrará.
Uma esperança no campo da moral e
da ética foram as operações anticorrupção, conduzidas pela Polícia Federal e
Ministério Público, que descobriram um fio da meada e por ele chegaram a
incontáveis casos de desvios, de recebimento de propinas, lavagem de dinheiro
por parte de maus gestores, maus políticos, empresários, doleiros etc. E que
mesmo assim, independente do número de pessoas condenadas, presas,
investigadas, as medidas propostas para este combate continuam encontrando
resistência forte de muitos maus políticos.
Faltam em última análise, boa
vontade e espírito de cidadania por parte da maioria dos políticos. Neste
instante, enquanto o governo federal se esforça para colocar o país nos
trilhos, com todos os entraves e o legado de gestões anteriores, grupos se unem
para tentar deter o combate à corrupção, impedir os avanços em todas as áreas,
sem pensar um segundo sequer nos males que seus atos podem deixar para as
futuras gerações.
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