domingo, 16 de junho de 2019

Faltam a ideologia do Bem e a da Cidadania no Brasil


O direito à manifestação do pensamento é livre. Pois bem, começo por dizer que eu nunca gostei de política partidária, principalmente quando encontramos dezenas de letrinhas representativas de aglomerados políticos que se encontram em lados diferentes, com ideologias distintas, mas com poucos interessados realmente no bem comum. Pergunte aos brasileiros em geral apenas o significado de algumas siglas de partidos políticos para ver se eles conhecem. Nem o nome eles vão reconhecer. Muito menos as propostas de cada partido e menos ainda, se verdadeiramente os políticos as seguem à risca.

A política partidária não poderia ser uma profissão, ou seja, uma pessoa se quisesse ser útil ao seu país, à sua nação, se elegeria apenas por um período e depois de sua missão retornaria à sua profissão de origem. Ao se perpetuar nos cargos, pelo que facilmente todos podem observar, existe uma decaída de rendimento e a entrada no campo dos favorecimentos pessoais, das benesses e das artimanhas de todo tipo para conseguir dinheiro, influência e poder.  

Mas como a inexistência de representatividade é impossível em uma democracia, a meu ver o ideal seria termos dois partidos apenas. Nesses dois blocos se alojariam todos aqueles que desejam efetivamente servir ao país. O norte seria este mesmo: servir à Pátria, para o bem do povo. Utopia? Nem tanto, porque há países assim no mundo. Estão mais educados, em um nível de civilização mais avançado e em uma cultura favorável aos bons princípios, à moral e à ética. Não haverá saída para a política partidária sem uma expressiva reforma de tudo.

No Brasil o que ocorre é um número excessivo de políticos, em todos os níveis (federal, estadual e municipal), com as consequências danosas para o erário público. Os impostos que a União arrecada da população é que também serve para pagar todos os altos salários, as benesses, mordomias e a grande farra nacional no que diz respeito à falta de amor à pátria e falta também de compromisso, a começar pelo próprio trabalho que são pagos para executar e não o fazem como deveriam.

Uma Reforma Política de peso seria necessária, mas feita por quem? Pelos que estão eleitos? Não mudariam nada e estaríamos correndo o risco até de ver a situação piorada. Em nosso Congresso Nacional uma lenga-lenga sem fim. Para se aprovar qualquer coisa há inúmeras comissões, lutas internas para aparecer, faltas ao trabalho, pautas boicotadas por agremiações partidárias e um sem número de dificuldades que pouco a pouco vão enfraquecendo qualquer tentativa voltada para o bem.  

E assim continua o Brasil tentando se recuperar e os inúmeros partidos políticos lutando por suas ideologias, esquecendo o principal. Estamos à beira do precipício e se medidas acertadas não forem tomadas em curto prazo a crise existente se alastrará.

Uma esperança no campo da moral e da ética foram as operações anticorrupção, conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público, que descobriram um fio da meada e por ele chegaram a incontáveis casos de desvios, de recebimento de propinas, lavagem de dinheiro por parte de maus gestores, maus políticos, empresários, doleiros etc. E que mesmo assim, independente do número de pessoas condenadas, presas, investigadas, as medidas propostas para este combate continuam encontrando resistência forte de muitos maus políticos.

Faltam em última análise, boa vontade e espírito de cidadania por parte da maioria dos políticos. Neste instante, enquanto o governo federal se esforça para colocar o país nos trilhos, com todos os entraves e o legado de gestões anteriores, grupos se unem para tentar deter o combate à corrupção, impedir os avanços em todas as áreas, sem pensar um segundo sequer nos males que seus atos podem deixar para as futuras gerações.

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