Hoje é dia 24 de
novembro de 2013. Acordei faz poucos instantes e fiz o seguinte relato de um
sonho que tive para minha mulher, logo após despertar, por temer que a memória
se esvaísse como ocorre muitas vezes nestes casos e que minutos após não
lembraria mais de nada ou apenas de pouquíssimos fragmentos.
Não costumo sonhar
com frequência, mas sempre que o faço é com muitos detalhes, coerentes ou não.
Assim acontece comigo. De ontem para hoje sonhei que tinha chegado a um local
totalmente desconhecido para mim. O ambiente era parcialmente escuro, na maioria
das vezes. Estava acompanhado por um amigo que eu identifiquei como um amigo de
academia, que comigo praticava Karatê. Mas também poderia ser uma pessoa – quem
sabe um espírito guia, apenas utilizando o nome desse amigo para me situar
naquela situação, pois nenhum detalhe me levou propriamente a identificá-lo a
não ser pelo nome. Sabia que era ele, mas não via o seu rosto.
No local onde estava
fiz alguns circuitos, sempre andando a pé. Se é que posso tentar descrever esse
lugar, parecia com uma grande arena romana, com a parte central que eu conseguia
vislumbrar e nem sei dizer o que ela tinha no centro, nem como detalhes de como
era e as partes circulares em volta, como em um grande estádio. E nós
percorríamos esse local andando através de túneis e galerias.
Pois bem, nos
corredores que andávamos por lá havia uns elevadores, que serviam de passagens
de umas salas para outras. Por exemplo, em um dos locais estava uma espécie de
palco, palavra que identifiquei melhor para descrever o que via. Nesse lugar
estava sendo preparada alguma coisa (uma apresentação, discurso, sabe lá o que).
E passava por ele através de algumas plataformas. Continuando a “visita” seguia
pelos corredores, sem parar.
Lembro que havia uma
sala que passamos (duas vezes, porque a visita se dava em circuitos, conforme
relatei no início). Essa sala parecia aquelas onde se fazem exames como
tomografias e exames similares. Mas com bastante espaço, como uma sala daquelas
que pacientes fazem hemodiálise... Não conseguia identificar as pessoas que ali
estavam em tratamento. O ambiente era escurecido. Mas ao entrar lembro que a
“atendente”, em pé ao lado da passagem, me fornecia uma cobertura plástica para
a cabeça (um gorro do tipo que são usados nos hospitais em salas de cirurgia).
Naquele local uma pessoa conhecida nossa (não consigo identificar quem) estava
se tratando de uma moléstia que não consegui saber de que se tratava. Por isso
mesmo ao entrar tinha que passar por uma desinfecção. Logo depois nós voltávamos
a percorrer o tal circuito de salas, com subidas e descidas por uns elevadores e
passagens que não estou acostumado a ver por aqui na terra.
E meu amigo (agora me
parece mais claro na mente que se tratava de um guia) me mostrava o local do
restaurante e ia me explicando tudo, eu sei. Vou escrever apenas o que consegui
reter até o momento, pois acordei faz meia hora.
Um passeio fora da
estrutura mencionada e um vôo inesquecível
Na sequencia fomos a
um passeio, onde nós víamos um rio, com uma queda d’água que achei até fraca. O
cenário anterior à chegada nesta água era bonito, mas para quem se encontrava na
parte mais superior...
Como gosto muito de
fotografia e de imagens eu dizia para ele que se tivéssemos fotografado ou
pudéssemos apreciar o local de longe a beleza seria um pouco maior, pois havia
acima dessa queda d’água uma pequena área verde, umas pedras bonitas etc. Ele
dizia que aquilo era um “balneário”... Entramos na água e por instantes eu
repeti meu comentário para ele, dizendo que não era tão bonito assim visto de
onde estávamos... E de repente, sem que houvesse nenhuma explicação lógica, eu
me via, ao lado dele, bem acima de todos os montes, montanhas e tudo que havia
na região. Parados no alto, como se estivéssemos em um parapente (mas sem nada,
apenas flutuando no ar, bem alto). Muito rapidamente observei o céu, a curvatura
da terra, as imagens semelhantes àquelas que vemos quando estamos em uma altura
considerável, como em viagens de avião. Via a terra toda, o panorama inteiro,
bem de longe e sempre parado, flutuando no ar. E era muito lindo.
Mais de repente, sem
aviso de ninguém, começamos a descer rápida e vertiginosamente (voando). No
momento eu pensava: será que meu coração vai resistir a essa velocidade?... E
continuava a descer com uma velocidade espantosa. E tudo se aproximava
rapidamente como um “zoom”. Estávamos fazendo um vôo rasante pelo local. Os
detalhes iam aparecendo, as construções... A velocidade com que passávamos de
tudo era muito grande, mas dava para perceber (e meu amigo comentava também) que
estava em uma época gelada por lá. Muito gelo cobria as superfícies. As fachadas
das construções não eram como as casas e edifícios convencionais que vemos nas
cidades. Tinha formatos variados (losangos, na maioria) e possuíam cores
diferentes. Lembro bem de umas de cor alaranjada, que se destacavam bem mais
pela própria tonalidade... E isso tudo transcorria em fração de segundos porque,
sem parar, o nosso vôo continuava e subia de novo.
E eu admirava muito
aquela beleza. Tudo isso após eu ter “criticado” a visão do balneário
anteriormente me apresentado. Era como se fosse uma resposta dizendo que naquele
local tinha mais coisas – e bem mais bonitas.
Depois o círculo se
repetia. As mesmas passagens pelos tablados, palcos ou estruturas lado a lado,
com separação entre ambientes através de corredores (observei mais uma vez que
não se via indicação nenhuma, do tipo “SAÍDA”, “ENTRADA”, “SALA tal”... Pensando
nisso agora conclui que nos nossos sonhos não conseguimos visualizar PLACAS ou
LETREIROS! E mesmo quando nós “reconhecemos” alguém, não conseguimos identificar
o seu rosto... Olhamos, sabemos que é tal pessoa, mas não vemos os rostos...
Meus sonhos até então eram em preto e branco. Neste último consegui identificar
cores alaranjadas, nas fachadas a que me referi acima... Mas somente nesta
parte, que foi como uma visita a um local que não teríamos acesso ainda.
Deixo claro que estou
escrevendo sem parar pela preocupação de esquecer detalhes que podem ser
importantes.
Continuando o tal
circuito, porque a gente não parava... Sei que ele (meu amigo-guia) iria
documentar um evento, não lembro bem do que se tratava. Um casamento, reunião
não lembro bem o que era e ele estava fazendo “fotografias” (só que eu não via
isso) de todos os momentos de nosso passeio. Uma hora ele olhou para mim e
disse: você não apareceu na “abertura” com roupa tal... E continuava dizendo,
mas vai com essa mesmo (roupa) que não tem problema.
Nas passagens uma
sala era destinada aos nossos banhos (nada convencional como nos banheiros de
nossas casas). No local que a água iria cair tinha um aparelho (desligado) que
eu interpretava como um televisor. E dizia para ele: rapaz, isso aqui pode
queimar porque está muito perto da água! Mas nada acontecia. Um detalhe. Antes
desses banhos nós passávamos por um local de entrada (como se fosse um
vestiário) para receber ou pegar em uma cesta os “sabonetes”, que eram como
esses saquinhos de maionese, mostarda ou sal oferecidos nos restaurantes. E eu
pegava uns cinco, achando que talvez não fossem suficientes pelo pequeno tamanho
deles. No último banho do segundo circuito sei que lavei até as próprias roupas,
ou seja, sentava no chão e lavava as roupas que logo estariam secas para vestir
de novo! Praticidade total!
Ao atravessar uma das
passarelas do local (passagens) pisei em um tablado e ele caiu totalmente. Acho
que uns quatro metros do chão. Mas não senti nada, fiquei em pé e falei com
alguém (só sabia que essa “pessoa” estava encarregada daquela parte ali). Ele me
explicou que tinha cedido. E eu, curioso, olhava para o que tinham feito e logo
sugeri que a sustentação da base tinha que ser maior e melhor afixada para
evitar que caísse de novo... E continuava...
Quando acordei, de
forma rápida, me senti bastante aliviado do dia anterior, dos estresses, enfim,
completamente renovado... Não sei o que realmente se passou, mas resolvi ligar o
computador (hoje é domingo!) e logo registrar toda essa história. E no intuito
também de que alguma pessoa possa evidenciar algo através dos fatos narrados. Os
mais entendidos talvez possam ter explicações.
Teria meu espírito se
desprendido do corpo? Teria viajado por outro mundo, outras moradas, e eu tenha
tido este privilégio de antever um eventual futuro? Não sei. Sei apenas que
estou plenamente sadio e muito lúcido (muitos podem pensar após a leitura deste
texto que estou pirando, mas estarão profundamente
errados).
Assim eu tive esta
experiência inédita em sonhos por locais desconhecidos.
2 comentários:
O sonho as vezes é mais realidade que quando estamos acordados. O sonho é vida e a vida é um sonho. As vezes temos alguns privilégios de desdobramentos que nos permite ultrapassar os sentidos da logica material. O certo é que somos corpo, mente e espirito. OSS...
Prezado Sensei Ulisses Moreira
Neste momento pareceu realmente uma viagem do espírito, interligada de alguma forma com o corpo, com a mente, conforme você bem observou. Fico feliz que tenha lido. Inscreve-se em meu blog que será um prazer para mim. Oss!
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